Geraldo de Barros nasceu em Chavantes SP em 1923. Além de pintor e fotógrafo, o artista também passou pela gravura, artes gráficas e pelo desenho industrial.
O artista iniciou sua carreira se dedicando à pintura figurativa e de paisagens, mas foi estabelecendo vínculos com a arte experimental que se tornou conhecido.
Na década de 1940, Geraldo estudou pintura e desenho nos ateliês de grandes pintores. Por exemplo, Clóvis Graciano, Pujol e Takaoka.
Ele também foi um dos precursores da fotografia abstrata e do modernismo no Brasil. Além disso, é considerado um dos mais importantes nomes do movimento concretista brasileiro.
Foi em 1947 que Geraldo de Barros fez suas primeiras fotos usando uma câmera construída por ele mesmo. Por exemplo, fotografou jogos de futebol na periferia de São Paulo.
Ainda nesse período, ele fez experimentos com interferências nos negativos, como por exemplo, cortar, desenhar, pintar, perfurar e sobrepor imagens.
Geraldo de Barros e o Grupo 15
Nesse meio tempo, ainda na década de 40, Geraldo fundou o Grupo 15, que era composto por 15 artistas, sendo que a maioria deles era de origem oriental. O ateliê ficava no centro da cidade e foi lá que ele construiu seu laboratório de fotografia, onde realizou muitos experimentos.
Além do Grupo 15, ele também foi membro de importantes movimentos e associações artísticas. Por exemplo como a Galeria Rex, o Grupo Ruptura, o Grupo FormInform e o Foto Cine Clube Bandeirantes (FCCB). Bem como, fez parte da cooperativa de produção de móveis Unilabor e da indústria de móveis Hobjeto.
A pluralidade artística de Geraldo de Barros
A obra de Geraldo de Barros se forma a partir da desconstrução, onde o efêmero, o fragmento, o tempo, o descontínuo, e a ação estão presentes. Como resultado, vemos imagens produzidas através da junção e reordenação de elementos.
Além disso, questões sociais e urbanas também estão sempre presentes em suas obras.
Em 1951, ele realiza uma de duas mais importantes exposições no Masp, a Fotoformas. A mostra traz uma fusão entre gravura, desenho e fotografia, inaugurando a abstração na fotografia brasileira.
O Concretismo
Posteriormente, Geraldo vai à Paris. Lá ele estuda litografia, gravura e artes gráficas com diversos artistas. Nesse meio tempo, ele conhece as teorias concretistas do designer gráfico Max Bill que é um dos mais importantes do movimento. Esse encontro foi muito importante para o desenvolvimento dessa escola no Brasil.
As influências da arte concreta mudaram a visão do artista em relação a ilustração da realidade. Assim, suas fotoformas representam uma nova era na fotografia brasileira. Além disso, traz novas possibilidades, deixando o conceito de simples representação e passa a ser considerada uma nova linguagem artística.
Posteriormente, Geraldo abandonou a fotografia por alguns anos para se dedicar a outras artes e ao design. Em 1996, já com suas funções motoras debilitadas, ele retorna à fotografia. E através da ajuda de sua assistente, a fotógrafa Ana Moraes, realiza sua última produção: Sobras.
Durante toda a carreira, Geraldo de Barros sempre se manteve aberto a diferentes manifestações e descobertas em qualquer área. Sem medo de ousar e de experimentar, ele acreditava na “liberdade como norteadora da vida”. Uma obra que, certamente ficou para a eternidade.
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Até a próxima.