A cerâmica é uma das formas de arte mais antigas da humanidade. Desde que o ser humano aprendeu a moldar o barro e queimá-lo, surgiram peças que atravessam séculos e civilizações. Sobretudo, a cerâmica antiga encanta por seu valor histórico, beleza estética e técnicas impressionantes que, ainda hoje, desafiam a tecnologia moderna.
Porém, escolher cerâmica antiga de qualidade exige olhar atento, conhecimento técnico e sensibilidade. Afinal, estamos falando de objetos que podem carregar séculos de história, além de representar estilos e tradições regionais muito específicos.
Por onde começar: porcelana, faiança ou grés?

Antes de tudo, é importante entender as principais categorias da cerâmica antiga. A porcelana, por exemplo, é mais translúcida e delicada, sendo amplamente produzida na China desde o século VII e, posteriormente, adotada pelas manufaturas europeias, como Meissen e Sèvres.
Enquanto isso, a faiança, de origem árabe e italiana, tem aparência mais opaca e porosa, geralmente decorada com esmaltes coloridos sobre fundo branco. Já o grés se caracteriza por ser mais robusto, com aparência rústica e queima em alta temperatura.
Ou seja, conhecer essas diferenças é essencial para identificar o tipo de peça que está à sua frente e avaliar seu valor.
Marcas, assinaturas e procedência

Logo após identificar o tipo de cerâmica, o segundo passo é observar a base da peça. Muitas vezes, marcas de manufatura, números de série ou assinaturas podem estar ali. Além disso, determinados estilos decorativos também ajudam a reconhecer origens geográficas ou períodos históricos — como os florais ingleses vitorianos, os azuis holandeses de Delft ou os tons terrosos das cerâmicas brasileiras coloniais.
Por exemplo, uma porcelana com a marca da Real Fábrica do Porto (Portugal) do século XIX certamente terá um valor maior do que uma peça similar sem identificação.
O que observar na conservação
Apesar do tempo, cerâmicas antigas podem estar bem preservadas, desde que armazenadas longe de umidade, impactos e exposição solar direta. Ainda assim, trincas, lascas e restauros nem sempre desvalorizam uma peça, especialmente se ela for rara.
Assim como no mercado de arte, o contexto é importante: uma pequena fissura em uma peça do século XVIII pode ser perfeitamente aceitável, enquanto o mesmo dano em uma produção recente compromete seu valor.
Peças decorativas x utilitárias: qual o melhor investimento?

Enquanto algumas pessoas preferem colecionar louças e cerâmicas de uso, como pratos, sopeiras e bules, outras se encantam por vasos, esculturas e painéis cerâmicos decorativos. Ambos os caminhos são válidos, e o ideal é investir naquilo que faz sentido para o seu gosto pessoal e proposta de coleção.
Além disso, peças decorativas costumam ter maior liberdade artística e, em muitos casos, alcançam preços mais altos por seu apelo visual e escassez.
Por fim, escolher cerâmica antiga de qualidade é um exercício de paciência, estudo e sensibilidade. Com o tempo, o olhar se torna mais apurado e a intuição mais afiada.
Portanto, visitar feiras de antiguidade, conversar com antiquaristas experientes e acompanhar canais especializados são formas valiosas de aprender e se apaixonar cada vez mais por esse universo.
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