A tapeçaria artística começou a ganhar maior relevância no Brasil a partir dos anos 1950, conforme as obras têxteis do francês Jean Lurçat faziam sucesso internacional.
Lurçat despertou o interesse de diversos artistas em todo o mundo, inclusive no Brasil, ao propor uma renovação da arte da tapeçaria.
A modernização da tapeçaria
O novo conceito proposto por Lurçat, e aderido pelos apoiadores do movimento, trouxe novas texturas, perspectivas e materiais para as obras.
Para tecer os tapetes passaram a usar, além da lã, matérias primas como sisal, vime e, até mesmo, plumas e pelos de animais.
Eventualmente, os tapetes foram ganhando efeito tridimensional, e começaram a serem considerados verdadeiras esculturas tecidas.
A tapeçaria, então, se uniu à arquitetura em um movimento chamado “Nova Tapeçaria”, revelando grandes artistas que romperam com o tradicional e passaram a influenciar muitos tapeceiros da época.
O pioneiro Genaro de Carvalho
No Brasil, o baiano Genaro de Carvalho foi considerado o primeiro artista da tapeçaria moderna. Em 1955, ele fundou o primeiro ateliê dessa técnica em Salvador.
Suas obras traziam, principalmente, imagens que retratavam a fauna e a flora brasileira.
Outros artistas brasileiros também apoiaram o movimento, orientando e autorizando tecelãs e bordadeiras a executarem suas obras. Di Cavalcanti, Alfredo Volpi, Burle Marx, Francisco Brennand e Jean Gillon, por exemplo, foram alguns deles.
A tapeçaria modernista, além de abrir espaço para expressões artísticas, também deu novos significados ao têxtil.
Objetos, que antes eram decorativos ou funcionais, com o tempo foram se tornando obras, passaram a contar histórias, transmitir sentimentos, posicionamento e a retratar memórias.
Espero que tenha gostado do nosso post dessa semana!
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