O escultor Artur Pereira nasceu em Cachoeira do Brumado, um pequeno distrito de Mariana em MG, no ano de 1920.
Suas lembranças são de uma infância difícil: Ainda criança, Artur começa a trabalhar com seu pai ajudando no trato de burros e pouco frequenta a escola.
Seu pai, que era lavrador e vendedor ambulante de panelas de pedra sabão, morreu quando Artur tinha cerca de 16 anos, deixando a esposa costureira e seus outros sete filhos.
Ainda rapaz, Artur começou a esculpir pequenos animais de barro para presépios. Apesar disso, grande parte de sua vida trabalhou como lenhador, coveiro, pedreiro, carpinteiro e lavrador, por exemplo.
Vivendo da arte
Após anos vivendo em um rancho longe da cidade, Artur Pereira volta a sua cidade natal em 1960 e finalmente passa a se dedicar à arte.
A princípio, suas esculturas eram animais isolados, como boi, onça, cachorro e leão. Eram pintadas com tinta e as partes do corpo como membros e patas, por exemplo, eram coladas
Posteriormente, em 1968 o artista realiza suas primeiras esculturas de mais de uma figura, ou seja, conjuntos de animais e pessoa talhados em uma só peça de madeira.
Em 1971 Artur Pereira vence um concurso de presépios promovido pela Fundação de Arte de Ouro Preto. Como resultado, suas obras ganham maior notoriedade e passam a ser vendidas em galerias e lojas de artesanato por todo o Brasil. Assim, o escultor começa a ganhar algum dinheiro com a sua arte e passa a se dedicar exclusivamente a ela.
Identidade e reconhecimento
A inspiração para as obras de Artur Pereira certamente vinha do meio rural em que viveu. Apesar de ser um homem simples, tinha uma visão muito objetiva sobre o que fazia.
O artista retratava através da madeira a sua vivencia na roça, a vida simples e os animais da região.
A brasilidade de sua arte conquistou críticos e apreciadores, e finalmente, em 1989 Artur Pereira teve sua primeira exposição individual no espaço Cultural Companhia Vale do Rio Doce. A partir disso, suas obras ganharam espaço em exposições não somente no Brasil, como também no exterior.
Artur Pereira faleceu em 2003 na mesma cidade em que nasceu.
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Até a próxima.
