A artista plástica Maria Auxiliadora da Silva nasceu no ano de 1935, em Campo Belo – Minas Gerais, numa família de 18 irmãos.
Filha de uma humilde bordadora, escultora e pintora, um trabalhador braçal, e neta de escrava, mudou-se para São Paulo com a família em busca de melhores condições financeiras.
Entretanto, a vida na cidade grande foi dura. Ainda criança, Auxiliadora começou a ajudar sua mãe no trabalho de tingir os fios que seriam bordados.
Aos 11 anos, já desenhava com carvão nos muros, assim apresentando sinais de um talento para a arte.
Maria Auxiliadora frequentou a escola durante poucos anos de sua vida, isso fez com que, mais tarde, conseguisse apenas trabalhos humildes como doméstica ou passadeira. Além disso, sua saúde era frágil, o que a limitava ainda mais.
A introdução de Maria Auxiliadora à arte

Autodidata, as primeiras produções artísticas de Maria Auxiliadora foram pinturas em guache e lápis de cor.
Sem conhecer perspectiva ou contrates, a artista foi aprimorando seu trabalho sozinha.
No fim dos anos 1960, passou a integrar grupos artísticos inserindo-se no meio e, eventualmente, fundando um centro de artesanato com foco na cultura e arte de origem africana.
Arte primitivista

Devido à falta de formação acadêmica e pouco domínio das técnicas tradicionais de pintura, a arte de Auxiliadora recebeu rótulos como “primitiva” e “popular”.
No entanto, sua arte era singular, não convencional e cheia de representações culturais e religiosas afro-brasileiras.
Entre cores e traços ímpares, a artista pintava desde o carnaval até a própria morte, além de procissões, danças populares e cenas da vida doméstica e rural.

A ascensão de um talento
Logo após conhecer o físico e crítico de arte Mário Schenberg que se deslumbrou com suas obras, Maria Auxiliadora foi apresentada ao cônsul americano Alan Fisher.
Foi ele quem organizou a primeira exposição individual da artista, o que resultou em um crescente prestígio.
As obras de Auxiliadora passaram a serem disputadas por grandes colecionadores estrangeiros, além de figurar em exposições no Brasil e no exterior.
Apesar de sua curta carreira, que durou apenas sete anos até sua morte precoce devido a um câncer generalizado, Maria Auxiliadora se tornou uma das maiores artistas brasileiras do século XX.
Entre cores e a simplicidade de uma origem humilde, o trabalho de Auxiliadora é o retrato de uma cultura rica e que enche os olhos atravessando décadas.
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