A desenhista, pintora e escultora Myrrha Dagmar Dub (conhecida como Mira Schendel) nasceu em Zurique, na Suíça, em 1919. Posteriormente, se mudou para Milão – Itália na década de 1930, onde estudou arte e filosofia.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Mira Schendel foi obrigada a abandonar os estudos e se refugiar devido a sua origem judaica.
Nesse meio tempo a artista se casou com Josip Hargesheimer na Iugoslávia com o intuito de conseguir permissão para emigrar e se estabelecer em Roma.
Posteriormente, em 1946, Mira se mudou para o Brasil e fixou residência em Porto Alegre. Trabalhou com design gráfico, pintura, esculturas de cerâmica, poemas e restauro de imagens barrocas.
Sua participação na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, permitiu contato com experiências internacionais e a inserção na cena nacional. Após dois anos Mira se mudou para São Paulo e adotou o sobrenome Schendel.
Linguagem
A trajetória artística de Mira Schendel é marcada pela constante experimentação. Sua produção é composta por múltiplas séries de trabalhos, experiências bastante diversas de formatos, dimensões e técnicas.
Pintura
Durante o período que viveu em Porto Alegre (1949 – 1953), a artista realizou retratos e naturezas-mortas de tons escuros e sombrios.
Já na década de 1960, Mira começa a diversificar suas produções misturando técnicas e diferentes materiais como, por exemplo, gesso, cimento, areia e argila.
Infinitas possibilidades
Com o passar do tempo, as obras de Mira Schendel vão se diversificando ainda mais. Ainda na década de 60 ela realiza diversos bordados, além de seus primeiros trabalhos com papel japonês. Desenhos geométricos em cores escuras, mas transparentes, eram feitos usando tinta ecoline.
Nesse meio tempo a artista também produziu diversas obras em papel de arroz. Ela usava lâminas de vidro sobre o papel ao avesso com o intuito de chegar o mais próximo da transparência.
Além disso, Mira também se dedicou a criar obras usando acrílico, como Objetos Gráficos e Toquinhos.
Entre 1970 e 1971, criou um conjunto de 150 cadernos, desdobrados em várias séries. Na década de 1980, produziu as têmperas brancas e negras, os Sarrafos e iniciou uma série de quadros com pó de tijolo.
Mira Schendel morreu em 1988 em São Paulo, após participar de diversas mostras, exposições e Bieiais, conquistando reconhecimento no mundo todo.
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Até a próxima.