Iberê Camargo nasceu no Rio Grande do Sul, em 1914 e foi um dos mais importantes artistas brasileiros do século.
Iniciou seus estudos na Escola de Artes e Ofícios de Santa Maria. Posteriormente, cursou arquitetura no Instituto Belas Artes ao mesmo tempo em que tinha aulas de pintura com João Fahrion.
Em 1942, Iberê se mudou para o Rio de Janeiro onde conheceu Candido Portinari. Após diversas frustrações acadêmicas por não se adaptar aos métodos de ensino tradicionais, seguiu indicação de Portinari para assistir às aulas de desenho de Guignard. O mesmo se tornou uma grande influência para o trabalho de Iberê.
De gafieira a ateliê
Em 1943 Iberê contribuiu para a fundação do Grupo Guignard, um ateliê coletivo que funcionava no prédio da antiga gafieira Flor do Abacate. Assim, o poeta Manuel Bandeira batizou o grupo de Nova Flor de Abacate.
Nesse meio tempo, Iberê pinta, paisagens urbanas com cenas das ruas cariocas, além de suas famosas gravuras em metal.
Ainda na década de 40, o artista viaja pela Europa onde faz aulas de pintura, gravura e aproveita para conhecer o acervo dos museus.
Ascensão
Na década de 50, Iberê Camargo retorna ao Brasil e se torna professor de gravura no Instituto de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Posteriormente, passou a ensinar a mesma técnica em seu próprio ateliê e em outras cidades, inclusive no exterior.
Nos anos seguintes, Iberê participou de Bienais, não somente no Brasil, como em diversos lugares do mundo como, por exemplo, em Tóquio e em Veneza.
A arte de Iberê Camargo e suas fases
Inicialmente as obras de Iberê eram figurativistas, representando paisagens, figuras humanas e natureza-morta. Além disso, o destaque das cores era sua principal característica, tendo como influência, desde Portinari, a Guignard e Picasso.
Na década de 1960, entretanto, o artista abraçou o não-figurativismo, se tornando um dos principais representantes no Brasil. As telas eram marcadas por fundos escuros e explosões de cores em primeiro plano, além de uma marcante textura pastosa.
Anos mais tarde, Iberê foi preso por matar um homem, porém após um mês, foi absolvido por legítima defesa.
Esse acontecimento gerou grande impacto na vida e obra do artista. Ele retornou ao figurativismo, dessa vez com um tom dramático e melancólico em suas telas.
A figura humana se tornou destaque nas pinturas de Iberê Camargo através de personagens solitários, sombrios e disformes.
Assim permanecem as características de suas obras até o fim de sua vida, em 1994.
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