O arquiteto e designer Jorge Zalszupin nasceu em Junho de 1922 em Varsóvia, na Polônia. Ainda jovem, Zalszupin se apaixonou à primeira vista pelos traços de Le Corbusier, que foi uma inspiração para que ele decidisse estudar arquitetura.
Depois que os alemães invadiram a Polônia na Segunda Guerra Mundial, Jorge Zalszupin e sua família judia se exilaram na Romênia para escaparem do holocausto. Foi lá que Zalszupin concluiu seus estudos.
Inspirado pela arquitetura de Oscar Niemeyer, Zalszupin se mudou para o Brasil em 1949, afinal, naquele momento o país era visto como um solo fértil para a arquitetura moderna.
Eventualmente, Jorge Zalszupin viria a se tornar um dos maiores nomes do modernismo no Brasil.
Da arquitetura ao móvel design
Como arquiteto, o artista assinou diversos projetos residenciais e comerciais, como por exemplo o Edifício Torre Paulista, também conhecido como Edifício Sumimoto, que fica na Av. Paulista.
Este é um de seus projetos mais notáveis. Suas curvas e o formato afunilado são características marcantes do estilo de Zalszupin, que fica evidente também em duas criações no mobiliário.
Ao mesmo tempo em que trabalhava como arquiteto, Jorge Zalszupin fundou o L’Atelier Móveis onde criou peças como a cadeira Dinamarquesa, as poltronas Cubo e a mesa Pétala.
O modernismo no móvel design
Entre os anos 1950 e 1960, com o pós-guerra, a fabricação de móveis passou por uma transição que foi da produção artesanal e sob medida, para a industrial e em maior escala.
Eventualmente, os móveis também passaram a ser produzidos para facilitar o cotidiano. Portanto são móveis mais leves e práticos, com pés palito, fabricados muitas vezes em pau-marfim e plástico.
Além da leveza, Zalszupin gostava da ideia de levar conforto e aconchego através das suas obras. O artista falava sobre o conforto uterino – queria que suas peças nos levassem de volta ao ninho materno.
Seu primeiro móvel de sucesso foi um carrinho de chá inspirado nos carrinhos de bebê de sua terra natal.
Jorge Zalszupin consolidou sua carreira, se tornando um dos maiores ícones do modernismo brasileiro. O artista morreu em 2020 com 98 anos, deixando uma herança criativa que continuará presente e inspirando artistas do mundo todo.
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Até a próxima.
