Abraham Palatnik

Abraham Palatnik


No último sábado dia 09/05, o mundo deu adeus a um dos maiores mestres da arte brasileira, pioneiro da arte cinética, mundialmente reconhecido. Abraham Palatnik nos deixou aos 92 anos, vítima de covid 19.

Abraham Palatnik

Natural do Rio Grande do Norte, mudou-se no ano de 1932 para a região de Israel, onde se especializou em motores de explosão.

Em 1945 e entre os anos de 1943 e 1947, frequenta o Instituto Municipal de Arte de Tel Aviv, onde passa a ter aula de desenho, pintura e estética.

Neste período estudou também no ateliê do pintor Haaron Avni , do escultor Sternhsus e Shor.

Inicia sua carreira pintando paisagens, natureza morta e retratos, sendo elogiado por importantes críticos da época, como Frederico Morais.

Palatnik retornou ao Brasil em 1948 e passa a residir na cidade do Rio de Janeiro.  Onde convive com artistas como Ivan Serpa, Renina Katz e Almir Mavignier e começa a frequentar a casa do crítico Mario Pedroso.

Nessa época conhece o trabalho da doutora Nise de Silveira no Hospital Psiquiátrico do Engenho de Dentro.

As pintura dos pacientes da instituição, nomes como Emgydio de Barros e Raphael Domingues, causaram tamanho impacto no artista que considerou como uma “pancada”. E disse que os trabalhos apresentavam uma autenticidade incrível,  e acreditava não ser capaz de realizar obras tão fortes, densas, bonitas e com tanta desenvoltura como as vistas no local.

“Aparelhos Cinecromáticos”

Origina-se assim a transição, na qual abandona os pincéis e inicia trabalhos com movimento e luz. Com o aprofundamento em seus estudos, passou a pintar telas construtivas e máquinas em que a cor se movia, sendo essas denominadas por Mario Pedroso de “Aparelhos Cinecromáticos”.

Os “Aparelhos Cinecromáticos” exibidos pela primeira vez em 1951 na 1ª Bienal Internacional de São Paulo e na 1ª Exposição Nacional de Arte Abstrata.

Abraham Palatnik - Objetos Cinéticos

Em 1964 nascem os Objetos Cinéticos. São esculturas criadas em arame, formas coloridas e fios que se movem acionados por motores e eletroímãs, peças que se assemelham aos móbiles do escultor norte-americano Alexander Calder.

Os aparelhos Cinecromáticos são exibidos na Bienal de Veneza, mostra essa que dá ao artista projeção internacional e faz com que ele seja reconhecido como um dos precursores da arte cinética, reconhecimento esse, que o leva a participar em 1964 da mostra internacional da  arte cinética Mouvement 2, na Galeria Denise René, em Paris.

Abraham Palatnik foi consagrado o pioneiro em explorar as conquistas tecnológicas na criação de vanguarda brasileira. Por criar composições que partem da cor, mas ultrapassam a linha da pintura.

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