Roberto Burle Marx nasceu no dia 04 de agosto de 1909 no Rio de Janeiro, filho de um alemão judeu e de uma pernambucana descendente de franceses, morador do bairro do Leme. Em 1917 Burle Marx cultivava o próprio jardim do casarão no qual residia.
No ano de 1928, a família mudou para a Alemanha em busca de tratamento para um problema no olho do jovem, então com 19 anos.
Fascinado pela metrópole da arte e cultura de Berlim, decidiu seguir a carreira de artista e arquiteto paisagista. E com isso, passou a frequentar aulas de canto e a se envolver com a vida cultural da cidade, visitando óperas, galerias de arte e museus, conhecendo assim obras de Pablo Picasso, Vincent Van Gogh e Paul Klee, em 1929 inicia os estudos no ateliê de pintura de Degner Klemn.
O artista retorna ao Brasil em 1930, e dá continuidade aos seus estudos na Escola Nacional de Belas Artes, onde estudou com Cândido Portinari. Durante sua vida acadêmica, teve contato com grandes nomes da arquitetura moderna como Oscar Niemeyer, Helio Uchôa e Milton Roberto.
O reconhecimento de seus projetos
Em 1934, Burle Marx lança seu primeiro grande projeto de jardim, no qual reuniu várias plantas exóticas provenientes da Mata Atlântica e da Amazônia. “A praça de Casa Forte” em Recife, projeto esse solicitado por seu grande amigo o arquiteto Lucio Costa.
Devido ao sucesso de sua obra, foi convidado a ocupar um cargo de chefia no Departamento de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco.
Recebeu vários prêmios nacionais e internacionais pelo seu trabalho, como a Comenda da Ordem do Rio Branco, do Itamaraty em Brasília, título de Doutor Honoris Causa da Academia Real de Belas Artes de Haia na Holanda. Também recebeu o título de Doutor Honoris Causa do Royal College of Artes em Londres, Inglaterra, como o maior paisagista do mundo.
A dedicação com suas Obras de Arte
Dedicou-se paralelamente também a pintura, atuando com temas ligados a natureza morta com motivos da flora brasileira com traços sinuosos em tons sóbrios, obras que incorporam soluções formais do cubismo.
Mantém diálogo com Picasso e com os muralistas mexicanos, com representações de figuras do povo, como cenas de trabalho e favelas. Em seus retratos aproxima-se da obra de Candido Portinari, e Di Cavalcanti, na representação realista dos personagens.
Emprega o geometrismo ao pintar cidades, construídas em linhas retas, com uma paleta sóbria, com predominância em tons amarelo, cinza e preto, como em Morro do Querosene (1936) e Morro de São Diogo (1941). Paralelamente, um novo tratamento formal é percebido em alguns quadros: a passagem gradual para o abstracionismo, como em Cataventos (1940), Figura em Cadeira de Balanço (1941) e Peixes (1944).
A obra de Burle Marx atinge uma linguagem particular a partir da década de 1950. A tendência para a abstração consolida-se e a paleta muda, passando a incluir muitas nuances de azul, verde e amarelo mais vivos. Em suas telas o trabalho com a cor está associado ao desenho, que se sobrepõe e estrutura a composição. Nos anos 1980, passa a realizar composições geométricas em acrílico, os contornos são desenhados com a cor, as telas adquirem um aspecto fluído, flexível e ganham leveza.
Roberto Burle Marx faleceu no ano de 1994 aos 84 anos em decorrência de uma embolia pulmonar.
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Até a próxima!